15.12.05

Rimming Rummy

Rumsfeld é melhor que Xanax. Já por várias vezes me salvou quando enfrentei pequenas contrariedades no meu quotidiano. Assim que começo a ficar muito nervoso com alguma coisa penso três vezes: "Rumsfeld! Rumsfeld! Rumsfeld!" e acalmo logo. Rumsfeld é um homem capaz de levar milhares para a morte e milhões para a desgraça e ainda empurrar-nos para uma guerra de mil anos sem nunca perder a coolness, o sono e o sentido de humor. Eu quero ser como ele!

Vem isto a propósito da sua última tirada genial: declarou que os insurgents no Iraque passam a chamar-se enemies of the legitimate Iraqi government. Não é boa? Antes já lhes tinha chamado regime death squads, mas não tinha pegado tão bem. E lembram-se das outras tiradas geniais dele? Chamou uma vez à Alemanha e à França old Europe, com desdém, por contraposição à new Europe e hoje são eles próprios a chamar-se assim! E durante a guerra, quando justificou a matança dizendo que os americanos tinham que se defender dos atacantes? E quando pôs o Saddam Hussein a ser visto diligentemente pelo dentista? Não foi boa? E quando despachou o assunto dos abusos da prisão de Abu Grahib dizendo stuff happens? E aquela vez em que disse que ele e o Powell estavam de acordo em todos os assuntos, excepto naqueles em que o Powell estava still learning?E essa de mandar por avião indivíduos sem culpa formada para países onde podem ser torturados, fazendo escala em países aliados sem lhes dar sequer uma explicação (ou dando a alguns e depois condecorando-os, como fez com o Portas ;-)?

Já sabem: Rumsfeld Rumsfeld Rumsfeld!
Resulta!

1 comentário:

remiguel disse...

Obrigado pela inesquecível imagem de Rimming Rummy. Será algo que me acalentará nas noites mais frígidas, uma espécie de viagra mental. Obrigado e espero que essa imagem te persiga até ao último dos teus natais.

Passei o dia a rumsfeldar mas da última vez não correu bem, talvez por ter os sapatos vermelhos calçados. Ao dizer três vezes a maldita palavra dei por mim num mundo estranho, com bichos a falar, bichas a decorar, bruxas a não sei quê e um raio de um arco-íris omnipresente. Vai-se a ver, era um avião. Felizmente parou em Beja e pude voltar para casa de expresso.