23.12.05

Cara de cu


Como que a dar mais força à escolha que fizemos da Personalidade do Ano de 2005, temos agora este cromo com cara de cu a vir falar em prioridades, como se só se pudesse neste país fazer uma coisa de cada vez.

4 comentários:

remiguel disse...

Eu compreendo-o. Não é de facto uma prioridade. A sociedade precisa debater até ao tutano se quaisquer duas pessoas podem ter uma economia em comum, porque isso é uma autêntica revolução, porque é preciso ouvir a Igreja, porque nem é constitucional nem nada.
E há prioridades: é óbvio que se der azo ao folclore à volta dos ditos casamentos (burra palavra), não se conseguirá fazer a ota, o tgv, o poc, o pic, o pic-poc e muito menos a maior estátua de Noddy do mundo encomendada a Botero.

Anónimo disse...

Cara de cu? Peço desculpa mas o meu cu é bem mais definido que a cara desse senhor.
Agora que já se esclareceu este promenor, preocupa-me mais a atitude de deixa andar do bloco que quando chega a altura de ter tomates (ou ovarios) se refugia de levar a questao ao parlamento.
E ja agora, individuos podem fazer queixas ao constitucional ou so o presidente da Republica? O Sampaio ainda tem uns meses para o fazer, seria uma saida em beleza.

Anónimo disse...

Não é de todo uma prioridade. O que interessam as pessoas que querem viver e partilhar uma economia comum, poder adoptar, legar os bens adquiridos por morte ao parceiro? É evidente que esta questão não é uma prioridade assim como é evidente que este palhaço é um filho da puta de um straight e nunca teve que se preocupar com estas questões. Pode ser que nenhum dos filhos ou filhas tenham uma maneira diferente de ver as coisas em relação à questão sexual.

Nunca há pressa. Infelizmente.

Anónimo disse...

inconstitucional é a lei que limita os casamento (a expressão também me causa alguns arrepios) aos pares de sexo diferente. já também tinha pensado nesta questão das prioridades. quem determina essas prioridades e qual o sentido das mesmas. e qual é a prioridade: o défice, a baixa produtividade, o desemprego... acho que ninguém faz muito bem ideia. e quando for definida uma prioridade paramos todos, o país para de respirar, até a prioridade estar resolvida.

as queixas podem ser direccionadas para ambos. ainda que o tribunal constitucional exista precisamente para isso.

de qualquer forma, a minha proposta seria acabar com a discussão acabando com o casamento. seria estabelecido um contrato de economia comum, com regras definidas por acordo mútuo entre as partes envolvidas e ficava resolvido o caso. quem quisesse, faria depois o arraial típico dessas ocasiões, com igreja e essas tretas todas. mas em caso algum um casamento religioso teria validade legal ou implicaria qualquer espécie de contrato. o papel da igreja também foi sempre, em grande, parte o de animador das massas. o que foi a inquisição se não uma espécie primitiva de reality show.